O suspeito é procurado pelas forças de segurança desde a última quarta-feira (9)
Foto: Divulgação/PCDF
(crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press)
Depois de mais uma noite de buscas, Lázaro Barbosa, 32 anos, segue foragido. Segundo o secretário de segurança de Goiás, Rodney Miranda, que acompanha os trabalhos, o fugitivo não se deslocou durante a madrugada, e agora, as forças policiais procuram por ele em pelo menos dois pontos na região entre as cidades de Edilândia e Girassol, no Entorno.
Miranda afirmou que Lázaro está cansado e tem ainda mais dificuldade de conseguir comida. Ele ressalta que assim ele fica mais perigoso, mas também, mais vulnerável a ser capturado. “Estamos no encalço dele”, afirmou. “Hoje vamos pegar”.
As buscas já entraram no oitavo dia. Miranda ressaltou que nesta quarta-feira (16/6), o perímetro foi restringido, para apertar o cerco ao suspeito. Por ora, o secretário descartou apoio da Força Nacional. Policiais de equipes especializadas do Distrito Federal e de Goiás atuam nas buscas.
Além de procurarem pelas trilhas, helicópteros também sobrevoam a área. Pelo menos dois pontos de bloqueio na rodovia foram montados.
Ao longo dos pontos de bloqueio, a Polícia Militar chega a parar cerca de 500 veículos por dia, entre carros e caminhões. Segundo um sargento da PM, que preferiu não se identificar, a maior parte dos policiais é da região de Girassol e Edilândia e conhece a região. A preocupação nas blitzen é vistoriar os porta-malas e boleias.
Com a concentração das buscas em Edilândia, aumentou o movimento de moradores na BR-070, levando colchões e malas: eles estão deixando a cidade para se refugiar na casa de parentes no Entorno e no Distrito Federal. Quem tem chácara na região nem está indo para a propriedade.
Há exatos sete dias, Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, assassinou três integrantes da mesma família e sequestrou uma quarta, Cleonice Vidal. O corpo dela foi encontrado dois dias depois. O assassino segue foragido dentro da mata, no povoado de Edilândia, próximo a Cocalzinho.
Mais um dia de fuga
A terça-feira (15/6) foi mais um dia tenso de buscas por Lázaro Barbosa em Edilândia, tanto pela terra, quanto pelo ar. Depois de trocar tiros com um caseiro na noite de segunda (14/6), pela manhã, o fugitivo foi flagrado por imagens de câmeras de segurança de uma fazenda. Depois, foi visto por um caminhoneiro atravessando correndo a BR-070.
Com isso, as forças policiais fecharam o cerco em torno da região na tentativa de encontrá-lo. No meio da tarde, Lázaro atacou novamente: entrou em outra chácara da região, onde fez mais uma família refém. Uma das vítimas, filha do casal, alertou por mensagem um policial de que Lázaro estava no local e pediu socorro.
Foi então que a situação se agravou ainda mais: pai, mãe e filha foram rendidos e, pouco depois, dois policiais foram até o local. Houve uma troca de tiros; um policial militar de Goiás foi atingido de raspão no rosto e foi transportado para o hospital de Anápolis. No meio da confusão, Lázaro, mais uma vez, se lançou na mata e desapareceu.
O secretário de segurança de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que a intenção de Lázaro era realizar um ritual com a família refém: iria levá-los à beira do rio antes de matá-los.
Entenda o caso
Foto: Divulgação/PCDF
Lázaro Barbosa é procurado desde a semana passada. Ele é apontado como o autor da chacina contra uma família de quatro pessoas em Ceilândia Norte. Depois de assassinar a facadas e tiros Cláudio Vidal, 48, e os filhos Carlos Eduardo, 21, e Gustavo, 15, sequestrou Cleonice Vidal, mãe dos jovens. A vítima foi encontrada no sábado (12/6), sem vida.
A família foi enterrada nessa segunda-feira (14/6), no cemitério de Taguatinga. Durante o sepultamento, parentes e amigos pediam por justiça.
Além das mortes, Lázaro ainda invadiu várias chácaras da região do Entorno, e feriu mais pessoas durante a fuga da polícia. No domingo (13/6), ele roubou um carro de uma outra fazenda, e iria usá-lo para fugir de vez da polícia.
Contudo, abandonou o veículo na rodovia e desapareceu na mata depois de se deparar com o bloqueio policial. Mais de 200 agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) procuram por ele no distrito de Edilândia (GO).