Foto: Antonio Lacerda/EFE
Em um jogo memorável no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Botafogo escreveu seu nome na história neste sábado, 30 novembro de 2024, ao conquistar a primeira Libertadores de sua trajetória. Com uma vitória de 3 a 1 sobre o Atlético-MG, a equipe carioca se sagrou campeã da América em uma final emocionante, marcada por reviravoltas e momentos de pura tensão.
O duelo começou de forma explosiva, com a expulsão relâmpago de Gregore, que acertou a cabeça do adversário Fausto Vera logo aos 29 segundos de jogo. O árbitro Facundo Tello não hesitou e mostrou o cartão vermelho para o volante alvinegro, estabelecendo um cenário complicado para o Botafogo. Apesar da desvantagem numérica, o time de Artur Jorge não se intimidou e seguiu com seu jogo objetivo e bem estruturado.
Com passes rápidos e jogadas de qualidade, o Botafogo aproveitou a situação e abriu o placar aos 34 minutos do primeiro tempo, com Luiz Henrique, que bateu de primeira após o rebote de um chute de Marlon Freitas. Apenas cinco minutos depois, o Botafogo ampliou a vantagem: Luiz Henrique sofreu pênalti, e Alex Telles não desperdiçou, fazendo 2 a 0 e tornando a festa da torcida alvinegra no Monumental ainda mais intensa.
Na segunda etapa, o Atlético-MG, que entrou com uma nova postura após a pausa, conseguiu diminuir a desvantagem logo aos 1 minuto, com Vargas, que aproveitou um escanteio perfeito de Hulk. A pressão aumentou, com o Galo tentando se recuperar, mas o goleiro John teve uma atuação impecável, garantindo a vantagem do Botafogo. No entanto, foi só nos acréscimos que Júnior Santos, artilheiro da competição, selou a vitória com um gol de oportunismo, tornando-se o destaque da final com seu décimo gol na Libertadores.
Com a vitória, o Botafogo não só conquistou seu primeiro título continental como também fez história ao se tornar o primeiro clube a vencer uma final única de Libertadores por mais de um gol de diferença. A vitória coroou uma campanha impecável do Glorioso, que demonstrou força tanto ofensiva quanto defensiva ao longo do torneio.
Foto: Alejandro PAGNI/ AFP
Com a taça da Libertadores em mãos, o Botafogo agora entra para o seleto grupo de clubes cariocas campeões da competição, juntando-se a Flamengo, Fluminense e Vasco, todos campeões da América. A festa no Rio de Janeiro é imensa, e a história do clube foi reescrita com uma conquista que vai ecoar por gerações.
O Atlético-MG, por sua vez, agora foca suas atenções no Campeonato Brasileiro, onde continua sua luta por uma vaga nas competições sul-americanas. O time de Gabriel Milito encara o Vasco em um duelo decisivo na próxima rodada. Já o Botafogo segue firme em sua busca pelo título nacional, enfrentando o Internacional na sequência da competição.
A Libertadores de 2024 ficará marcada na memória dos torcedores alvinegros como o ano da glória. O Botafogo, agora campeão da América, é o novo gigante do futebol brasileiro.
FICHA TÉCNICA
Atlético-MG 1 x 3 Botafogo
Libertadores – Final
Data: 30 de novembro de 2024
Local: Monumental de Núñez, Buenos Aires (ARG)
Gols: Luiz Henrique (34′ 1T), Alex Telles (42′ 1T), Vargas (1′ 2T), Júnior Santos (51′ 2T) Cartão vermelho: Gregore (Botafogo)
🟨 Cartões amarelos: Battaglia (Atlético-MG), Lyanco (Atlético-MG), Fausto Vera (Atlético-MG), Alex Telles (Botafogo), Almada (Botafogo)
Atlético-MG (Técnico: Gabriel Milito):
Everson; Júnior Alonso, Battaglia e Lyanco (Mariano); Gustavo Scarpa (Vargas), Fausto Vera (Bernard), Alan Franco e Guilherme Arana; Paulinho, Hulk e Deyverson (Alan Kardec).
Botafogo (Técnico: Artur Jorge):
John; Vitinho, Adryelson, Barboza e Alex Telles (Danilo); Marlon Freitas, Gregore e Almada (Júnior Santos); Savarino (Marçal), Luiz Henrique (Matheus Martins) e Igor Jesus (Allan).
Árbitro: Facundo Tello (ARG)
Auxiliares: Ezequiel Brailovsky e Gabriel Chade (ARG)