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O influenciador digital Diego Friggi, de 33 anos, morreu nesta terça-feira (12) em São José dos Campos, enquanto aguardava uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O jovem, conhecido por sua presença ativa nas redes sociais com mais de 668 mil seguidores, havia sido diagnosticado com uma embolia pulmonar e, segundo familiares, a demora na liberação de um leito teria contribuído para o agravamento do seu estado de saúde.
Horas antes de sua morte, Diego se manifestou nas redes sociais, expressando sua frustração com a situação. Em um post, ele relatou que estava há dois dias aguardando uma vaga de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e fez um apelo crítico à gestão local: “Estou há dois dias aguardando uma vaga ‘SUS’ de leito UTI e até agora nada. Cadê a saúde de nossa cidade? Eleição já foi, agora ‘bora’ trabalhar?”, escreveu, mencionando diretamente o prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias.
Diego, que era uma figura querida na cidade e compartilhava momentos de sua vida pessoal, sorteios e opiniões sobre temas diversos com seus seguidores, foi internado em um hospital privado da cidade, o Hospital Unimed. A instituição, em nota oficial, afirmou que o influenciador recebeu toda a assistência médica necessária, com protocolos adequados aplicados pela equipe. No entanto, a morte de Diego gerou questionamentos sobre o sistema de saúde local e o tempo de espera por uma vaga no SUS.
Críticas ao sistema de saúde
A morte de Diego Friggi levantou discussões sobre a qualidade e a eficiência do atendimento de saúde em São José dos Campos, principalmente em relação à demora na disponibilização de leitos de UTI pelo SUS. A Prefeitura de São José dos Campos lamentou o falecimento e esclareceu que o paciente estava internado em uma instituição privada e não em uma unidade pública. A Prefeitura ainda ressaltou que a questão do leito de UTI era uma demanda da rede pública de saúde, e não da rede privada.
Por sua vez, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) destacou que, em casos de urgência e emergência, os hospitais privados são obrigados a prestar atendimento imediato, independentemente de questões administrativas como a carência do plano de saúde.
A situação gerou uma onda de indignação nas redes sociais, com muitos internautas manifestando solidariedade à família de Diego e criticando a ineficiência do sistema público de saúde. “É um absurdo que, em um momento de urgência como este, Diego tenha sofrido com a espera por um leito”, disse um dos comentários em uma das postagens de apoio ao influenciador.
Debate sobre a saúde pública
A morte de Diego Friggi também trouxe à tona a discussão sobre o papel dos hospitais privados e públicos em situações de emergência, além de levantar questões sobre a gestão da saúde pública em cidades com alta demanda. Embora a nota do Hospital Unimed tenha assegurado que o tratamento de Diego foi adequado, a espera por uma vaga no SUS e a falta de agilidade para transferi-lo para um leito de UTI têm sido apontadas como falhas significativas no sistema.
A tragédia acendeu um debate sobre a urgência de melhorias na infraestrutura de saúde da cidade e no atendimento a pacientes em situações críticas. Organizações de saúde e defensores dos direitos dos pacientes já se manifestaram, cobrando ações mais eficazes das autoridades municipais e estaduais para evitar que casos como o de Diego se repitam.
Neste momento de dor, a família de Diego Friggi ainda busca respostas e, enquanto isso, sua morte serve como um lembrete doloroso das falhas no sistema de saúde, que muitas vezes não consegue dar a resposta rápida necessária em momentos de emergência