Foto: ANATOLII STEPANOV / AFP
A Belarus votou contra a resolução aprovada pela Assembleia-Geral da ONU nesta quarta-feira (2) que condena a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Nas Nações Unidas, Valentin Ribakov, afirmou que as autoridades em Kiev não quiseram se sentar para negociar com separatistas em Donetsk e Lugansk e “recusaram-se a levar em contar os legítimos interesses” dessas regiões, o que provocou uma guerra civil que se estende há oito anos, que deixou civis idosos, mulheres e crianças mortos, acusou o país.
O diplomata também fez referência às acusações de complacência do governo ucraniano com grupos neonazistas e disse que “a comunidade internacional não percebeu que qualquer faísca de neonazismo em qualquer país precisa ser extinta.” Também acusou as potências ocidentais de adotar padrões duplos conforme o país em jogo, e afirmou que os Estados Unidos e seus aliados vitimaram “centenas de milhares de pessoas” na Iugoslávia, Iraque, Líbia e Afeganistão.
O país também criticou o envio de armas à Ucrânia, afirmando que isso teria elevado o nível de violência e assaltos, segundo ele, e disse que as sanções econômicas podem impedir a exportação de fertilizantes da Belarus, o que “vai levar a uma piora econômica, a problemas sociais e ao aumento da fome nos seus próprios países”.
Apesar de assumir um discurso pró-Moscou, o diplomata afirmou que “rejeita categoricamente” as acusações de que teriam promovido ataques à Ucrânia, e afirmou que o ditador Aleksandr Lukachenco “pessoalmente está trabalhando duro para garantir o contato entre os lados russo e ucraniano” -as negociações de cessar-fogo acontecem na Belarus.
Além da Belarus, também votaram contra a resolução a Coreia do Norte, Eritreia, Rússia e Síria.