Lira diz que impeachment como ação política não se faz com discurso

Para o presidente, materialidade não se comprovou: “Vamos esperar a CPI, que está fazendo um belíssimo trabalho, bem imparcial”

Cleia Viana/Câmara dos Deputados/

Fonte: Agência Câmara de Notícias/Da Redação/WS

Ao sair do Plenário na noite desta quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comentou o chamado “superpedido” de impeachment apresentado nesta tarde por parlamentares diversos partidos e por movimentos sociais. “Impeachment como ação política a gente não faz com discurso, a gente faz com materialidade, que por enquanto ainda não se comprovou”, disse.

Questionado sobre a análise do pedido, Lira respondeu: “Vamos esperar a CPI, que está fazendo um belíssimo trabalho, bem imparcial.” Ele lembrou que há “120 pedidos na fila”, apresentados antes deste.

Cabe ao presidente da Câmara decidir se aceita ou não o pedido de impeachment, e cabe ao Plenário da Casa a decisão sobre a abertura ou não do processo, que é conduzido pelo Senado.

Defesa do governo
O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) afirmou que o governo Bolsonaro é vítima de narrativas falsas construídas diariamente para destruir a imagem do presidente. “O governo tem comprado vacinas, não tem medido esforços para a manutenção dos empregos através de linhas de crédito e de auxílios emergenciais, mas, como não conseguem encontrar nada, nem mesmo casos de corrupção, criam-se narrativas a todo momento para poder respingar no presidente Jair Bolsonaro”, criticou Jordy.

O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) afirmou que o pedido apresentado nesta quarta-feira é feito pela oposição, que é contra tudo e a favor de nada, do quanto pior melhor. Segundo ele, esse chamado “superpedido” vai ser desmoralizado. “Pedir o impeachment de Bolsonaro baseado no quê? Com que roupa vem esse pedido? Não tem improbidade. Não tem erro algum do governo. O que tem são falsas acusações, sem fundamento algum”, disse Nunes.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira