Jogadores do Bayern de Munique comemoram o gol na vitória sobre o Tigres Foto: AP
O Bayern de Munique conseguiu mais uma façanha histórica, o seu sexto título em um ano. Nesta quinta-feira, não foi brilhante, mas deixou clara a superioridade ao conquistar o título do Mundial de Clubes com a vitória sobre o Tigres por 1 a 0, no duelo disputado no Estádio Education City, em Al Rayyan, no Catar.
O Bayern, com essa conquista, igualou o Barcelona de 2009, tendo vencido todas as competições disputadas em um ano – levando em consideração que o Mundial é relativo a 2020. Também havia faturado a Liga dos Campeões, o Campeonato Alemão, a Copa da Alemanha e as Supercopas da Europa e da Alemanha.
Jogadores do Bayern de Munique comemoram o gol na vitória sobre o Tigres Foto: AP
Por isso, o Bayern vinha tratando o Mundial no Catar como a “cereja do bolo”. E repetiu a conquista do Mundial de 2013, sobre o Raja Casablanca. Antes, sem a chancela da Fifa, faturou o Mundial Interclubes em 1976, diante do Cruzeiro, e em 2001, sobre o Boca Juniors.
Dessa vez, havia passado pelo Al Ahly, do Egito, nas semifinais, por 2 a 0. E foi soberano diante do Tigres, mesmo com o placar magro, tanto que não correu qualquer risco na defesa. Além disso, ainda que sem grande volume de jogo, poderia ter conquistado um triunfo mais dilatado, mesmo tendo algumas baixas e descansado alguns destaques, como Lewandowski, em boa parte do segundo tempo.
Já o Tigres pode comemorar o feito de ter sido o primeiro clube da Concacaf a se classificar para a final do Mundial de Clubes. Mas depois de passar por Ulsan Hyundai (2 a 1) e Palmeiras (1 a 0), não conseguiu resistir ao gigante alemão, embora tenha exibido organização. Finalizou três vezes, sendo só uma na direção do gol, contra as 19 tentativas do adversário.
O JOGO
O Bayern foi a campo tendo dois desfalques de peso: Boateng, que foi liberado após a morte de uma ex-namorada, e Müller, que testou positivo para o coronavírus, e uma novidade tática, a presença de Alaba no meio-campo. Mas mesmo com essas baixas, o primeiro tempo da decisão foi como esperado: de controle do time alemão.
Até não foi fácil. O Bayern dominou a posse de bola, ocupou o campo de ataque, mas sem encontrar muitos espaços. Ainda assim, criou as principais oportunidades do primeiro tempo e chegou até a marcar, aos 17 minutos, em um chute de longe de Kimmich. Só que Lewandowski, mesmo sem tocá-la, tentou acertar a bola. E como estava impedido, a arbitragem optou por anular o gol. Além disso, Sané acertou o travessão aos 33, após uma cobrança rápida de escanteio. Foi, porém, quase só isso, porque o Tigres conseguia se defender bem. Mas o time pouco apareceu no campo de ataque, transformando Neuer em um mero espectador.
Esse ritmo se manteve na etapa final. O Bayern, superior, mas sem empolgar, chegou com perigo em disparo de Gnabry, aos 5 minutos. E marcou aos 13. Após levantamento de Kimmich, Lewandowski disputou pelo alto com o goleiro Guzmán. A bola sobrou para Pavard, livre, para bater ao gol. O gol, porém, só foi confirmado após consulta ao VAR, pois a arbitragem percebeu que Lewandowski não estava impedido, mas não que a bola tocou no seu braço.
Só aí o Tigres ameaçou sair ao ataque, mas mal conseguia finalizar. Com o jogo sob controle do Bayern, Hansi Flick decidiu até dar descanso a algumas das suas principais peças, trocando todo o setor ofensivo. Tolisso ainda acertou a trave do time mexicano em disparo que Guzmán não conseguiu defender, quase levando um frango.
Era quase só nesses vacilos que a partida esquentava. Outra aconteceu quando Salcedo cortou mal um lançamento, enganando Guzmán, que conseguiu evitar o gol. O argentino também parou disparos de Choupo-Moting e Douglas Costa num mesmo lance. Nada impedisse a conquista do Bayern, campeão de tudo.
FICHA TÉCNICA:
BAYERN DE MUNIQUE 1 x 0 TIGRES
BAYERN DE MUNIQUE – Neuer; Pavard, Süle, Lucas Hernández e Davies; Kimmich, Alaba, Coman (Douglas Costa), Sané (Musiala) e Gnabry (Tolisso); Lewandowski (Choupo-Moting). Técnico: Hansi Flick.
TIGRES – Guzmán; Luis Rodríguez (Julian Quiñones), Salcedo, Reyes e Dueñas; Rafael Carioca, Pizarro, Luis Quiñones e Aquino; Gignac e Carlos González. Técnico: Ricardo Ferretti.
GOL – Pavard, aos 13 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Esteban Ostojich (Fifa/Uruguai).