Gabriel, do Corinthians, escapa da marcação dos jogadores do Athletico-PR Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians/ Estadão
Todo mundo sabe que a jogava ofensiva mais forte do Corinthians com os avanços de Fagner em apoio a Gustavo Mosquito. E que várias vezes as ações começam com lançamentos de Castillo, Otero ou Cazares (que não estavam em campo desta vez) para o lateral. Quer dizer, quase todo mundo. O Athletico parece que não sabia. Como castigo, tomou o primeiro gol logo aos 2 minutos, neste tipo de jogada.
E foi um golaço. Cantillo lançou Fagner, que de cabeça serviu Mosquito. Ele deu um belo chapéu no marcador e bateu colocado, de esquerda, no canto direito de Santos.
O gol deixou o Corinthians à vontade em campo. Léo Natel teve duas chances seguidas, aos 7 e 9 minutos, mas Santos evitou o segundo gol.
O Athletico tinha dificuldade de chegar. Mas quando chegou, empatou, aos 13 minutos. Em um jogada que começou do lado direito e foi parar do lado esquerdo, na grande área corintiana, Renato Kaizer tocou para Canesin, que achou Abner penetrando livre de marcação. O lateral recebeu e encheu o pé, cruzado, sem defesa para Cássio. Outro golaço.
O sistema defensivo do Corinthians, que pressupoe que Mosquito tem de acompanhar as subidas do lateral-esquerdo adversário e que Fagner deve voltar rapidamente, falhou feio.
Mas o Corinthians de Vagner Mancini tem outros recursos, além da jogada pela direita. Um deles, são as idas de Gabriel à frente, apesar de o primeiro volante ter, logicamente, como função principal a marcação. E foi com Gabriel que o Corinthians rapidamente retomou a vantagem no placar, mais precisamente quatro minutos depois de sofrer o gol de empate.
O gol saiu de uma cobrança de escanteio. Fagner lançou na área, Gil tocou de cabeça e encontrou Gabriel entrando nas costas da zaga. Já na pequena área, o volante só teve o trabalho de tocar, também de cabeça, para o gol.
Depois disso, o jogo ficou equilibrado, Mosquito perdeu grande chance de fazer o terceiro – tentou encobrir Santos, que fez a defesa -, mas a defesa corintiana continuana vacilando nas inversões de jogada do time paranaense. Por isso, o Corinthians levou o segundo gol, aos 34 minutos. Em uma jogada que cruzou a área, Nikão chutou, Cássio defendeu parcialmente e Canesin aproveitou o rebote.
O jogo franco continuou no início do segundo tempo. E as chances de gols foram constantes nos primeiros nove minutos. Na melhor do Corinthians, Santos fez duas grandes defesas seguidas, em chutes de Léo Natel e no rebote, cara a cara, de Mosquito. Na do Athletico, Renato Kaizer driblou Cássio duas vezes, tocou para Nikão, que bateu para Gil salvar em cima da linha e, no rebote, com o gol aberto, Vitinho acertar o travessão.
O gol estava “maduro” para os dois lados, e saiu aos 10 minutos para o Corinthians. Araos deu ótima enfiada para Mosquito, que penetrou e chutou cruzado para marcar pela segunda vez na partida.
A disposição ofensiva das duas equipes se manteve, mesmo com o desgaste de alguns jogadores. E o time paranaense acabou por empatar pela terceira vez, aos 27 minutos. Em jogada pela direita, Nikão cruzou rasteiro, Renato Kaizer não alcançou, mas Vitinho não perdoou. Bateu firme e fez 3 a 3.
As equipes continuaram buscando o gol, mas o Corinthians diminuiu um pouco o rítmo e, na parte final da partida, o time paranaense chegou mais perto do quarto gol. Mas, ainda que ruim para ambos, o empate, com muitos gols, foi justo pelo fizeram as duas equipes.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 3 X3 ATHLETICO-PR
CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Bruno Méndez, Gil e Fábio Santos; Gabriel (Xavier) e Cantillo; Gustavo Mosquito (Ramiro) Araos (Lucas Piton) e Otero (Mateus Vital); Léo Natel.
Técnico:Vagner Mancini.
ATHLETICO-PR- Santos; Jonathan, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Alvarado (Luan Patrick), Christian (Vitinho) e Canesin; Nikão, Renato Kaizer e Carlos Eduardo (Jadson). Técnico: Paulo Autuori.
GOLS – Gustavo Mosquito, aos 2, Abner, aos 13, Gabriel, aos 17, e Canesin, aos 34 min do primeiro tempo. Mosquito, aos 10, e Vitinho, aos 27 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Jean Pierre Gonçalves Lima (RS).
CARTÕES AMARELOS – Gabriel, Fábio Santos e Mateus Vital.
LOCAL – Neo Química Arena.