Petrobras e chineses levam maior área do megaleilão do pré-sal sem concorrência

O governo leiloou nesta quarta-feira, 6, quatro áreas de pré-sal da Bacia de Santos – Búzios, Itapu, Atapu e Sépia. Além da expectativa de arrecadação de R$ 106,5 bilhões somente em bônus de assinatura. 

 

Até o momento, a Petrobrás adquiriu sozinha o campo de Itapu, que apresenta o menor valor das áreas leiloadas. O bônus ficou em R$ 1,76 bilhão. Já o campo de Sépia não recebeu nenhuma oferta.

 

O bloco mais caro, Búzios, R$ 68,14 bilhões, em bônus de assinatura, um valor previamente fixado e cobrado das vencedoras. O total das áreas, de R$ 106,5 bilhões, é quase o dobro de todos os lances pagos desde a primeira rodada de leilões, em 1999. Sai vitorioso quem se comprometer a partilhar a maior parcela da produção com o governo federal. 

 

A concorrência tem uma peculiaridade: não existe a chance de os vencedores não acharem petróleo ou gás. A Petrobras confirmou a existência de um reservatório gigantesco de petróleo e gás de boa qualidade.

 

Outra característica singular é que os blocos são extensões de outros cedidos pela União à Petrobrás em 2010, num regime conhecido como cessão onerosa. Na época, a empresa foi autorizada a ficar com 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe, que inclui petróleo e gás). Mas à medida que avançava na delimitação da descoberta, percebeu que era muito maior do que o esperado. Parte da extensão da cessão onerosa, que pode ser até três vezes maior do que o que ficou com a Petrobrás, vai ser leiloada hoje.