Neymar deverá prestar depoimento à tarde em delegacia da mulher na Zona Sul da capital

A Polícia Civil de São Paulo  terá um esquema de segurança especial para receber nesta quinta-feira (13) o jogador Neymar. Ele é esperado para prestar depoimento à tarde na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em Santo Amaro, Zona Sul da capital paulista. Neymar é acusado de agressão e estupro pela modelo Najila Trindade Mendes de Souza  durante encontro íntimo em Paris no mês passado.

Nos últimos dias, advogados do jogador foram à delegacia verificar as condições do prédio e como proceder com a segurança do jogador, que tem usado muletas depois que sofreu uma grave contusão no jogo da Seleção Brasileira contra Honduras na semana passada. Neymar vai depor para a delegada Juliana Bussacos.

G1 apurou que a rua da delegacia deverá ser bloqueada para o trânsito e grades serão instaladas para não permitir a entrada de curiosos. Algumas grades já foram colocadas nesta quarta-feira para isolar parte da imprensa da entrada da delegacia.

Neymar deverá chegar de helicóptero em algum ponto da Zona Sul de São Paulo e seguir de carro até a 6ª DDM. Esta será a segunda vez que o jogador terá de comparecer a uma delegacia desde que o caso com a modelo Najila veio à tona.

 

No dia 6, no Rio de Janeiro, o jogador prestou depoimento por cerca de uma 1 hora e 40 minutos em uma delegacia da Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio. Neymar foi chamado para prestar esclarecimentos no inquérito sobre a divulgação de imagens íntimas da modelo, que ele afirmou ter sido feita por assessores.

 

Naquele dia, Neymar não respondeu a perguntas de jornalistas, mas agradeceu pelas manifestações de apoio que tem recebido.

 

“Só quero agradecer todo apoio, a mensagem que todo mundo mandou, meus amigos, fãs, todo mundo que está acompanhando. Só agradecer, obrigado pelo carinho, e dizer que me senti muito amado, então é só agradecer o carinho de todos”, disse ao deixar a delegacia.

Promotoras do caso Neymar falam com a imprensa — Foto: TV Globo/Reprodução

As promotoras de Enfrentamento à Violência Doméstica designadas pelo Ministério Público de São Paulo para acompanhar o caso estiveram na quarta-feira (12) na delegacia. Elas disseram que a palavra da vítima deve ser levada em conta em casos de denúncias de violência contra a mulher.

 

“Em crimes que envolvem violência doméstica, sempre a palavra da vítima conta muito desde que com outros elementos que apoiem a palavra dela”, afirmaram as duas.

 

As promotoras também disseram que não acreditam que a repercussão sobre o caso desestimule que outras mulheres denunciem casos de estupro. “As pessoas não se veem nessa situação”, afirmou Flavia.