PF cumpre mandados de busca e apreensão em imóveis de Aécio Neves

Policial federal saindo do prédio do senador Aécio Neves, em Belo Horizonte, carregando uma mochila nas costas e um malote (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta terça-feira (24) mandados de busca e apreensão em apartamentos no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte do senador Aécio Neves (PSDB-MG), eleito deputado federal este ano.

Além de Aécio, são alvos da operação, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, os senadores Antônio Anastásia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN) e os deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA).

A operação Ross foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do A PF também faz operação similar no endereço de Andrea Neves, irmã de Aécio, em um condomínio em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Supremo Tribunal Federal.

As buscas acontecem também no Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá

Apartamento do senador Aécio Neves em Belo Horizonte, onde a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (11) (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

De acordo com a Polícia Federal, os mandados desta terça-feira fazem parte da investigação sobre um suposto pagamento de propina de R$110 milhões, feitos entre 2014 e 2017 pela J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A informação foi repassada por Joesley em delação premiada, juntamente com Ricardo Saud, executivo da JBS, empresa do grupo J&F.

(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press – 03/08/2018)

O senador também teria comprado apoio político do partido Solidariedade (SDD), comandado pelo deputado federal Paulinho da Força (SP). O valor estimado é de R$ 15 milhões.

Em nota, a PF informou que às vantagens teriam sido solicitadas “a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014’

“Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias”, informou a PF

Nota da defesa do senador Aécio Neves

Alberto Zacharias Toron, a advogado do senador Aécio neves divulgou nota sobre a operação da PF, abaixo a íntegra:

“O senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar todos os documentos que se fizessem necessários às investigações, bastando para isso o contato com seus advogados.


O inquérito policial baseia-se nas delações de executivos da JBS que tentam transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração.A correta e isenta investigação vai apontar a verdade é a legalidade das doações feitas.”