Câmera do circuito interno de segurança da Catedral Metropolitana de Campinas (SP) mostra o momento em que o atirador Euler Fernando Grandolpho, 49 anos, abre fogo contra várias pessoas e em seguida se mata, na tarde desta terça (11/12). As imagens também mostram a ação dos policiais após o atentado, cuja a motivação ainda é desconhecida.
Carros da perícia ao lado da Catedral, em Campinas — Foto: Fernando Evans / G1
Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, de Valinhos, no interior de São Paulo, é o autor dos tiros que mataram quatro pessoas na Catedral Metropolitana de Campinas, na tarde desta terça-feira. A carteira nacional de habilitação do atirador, que se matou após o ataque, foi apresentada pela Polícia Civil, depois da retirada dos corpos da igreja.
(foto: Reprodução/Facebook )
Em sua rede social, Euler aparece de óculos escuros, natural de Campinas. Até o momento, a polícia acredita que ele agiu sozinho, sem motivo aparente para o ataque.
Na catedral quatro pessoas foram mortas e outros quatro ficaram feridas. Três delas já receberam alta. Euler, que não tem antecedentes criminais, teria chegado à igreja por volta das 13h, onde se assentou e momentos depois começou a atirar na direção das pessoas que ainda estavam lá, após o término de uma missa.
O delegado José Henrique Ventura afirmou que a profissão do atirador era analista de sistemas. “Não temos até o momento nenhuma informação sobre motivação”, explica. Além disso, segundo a Polícia Civil, o atirador não tinha antecedentes criminais e um delegado já foi até a casa onde ele morava para ver com quem morava e se no local são encontradas informações relevantes.
Além disso, Grandolpho chegou a trabalhar como auxiliar de promotoria no Ministério Público do estado de São Paulo. Segundo a assessoria do órgão, ele exonerou-se em julho de 2014.
De acordo com Ventura, aparentemente não havia relações entre o atirador e as vítimas. Um perfil de Grandolpho em rede social diz que ele estudou na Unip e no Colégio Técnico da Unicamp.
Os quatro mortos são homens e as identidades deles não foram confirmadas até a publicação.
20 disparos
O delegado do 1º Distrito Policial, Hamilton Caviola Filho, viu imagens do circuito de segurança dentro da igreja no momento da ação. Ele estima pelo menos 20 disparos.
“Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco”, afirma. De acordo com o delegado, logo após a entrada do atirador, três pessoas sentaram no banco atrás dele e foram as primeiras a serem atingidas. Entre elas, uma morreu.
“Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele [atirador] parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça […] Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou”, diz o delegado.
Os feridos
Equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local, por volta das 13h20, para atender aos feridos. A informação inicial é de que Jandira Prado Monteiro, de 65 anos, teve lesões em uma das mãos e tórax e foi socorrida ao Hospital Mário Gatti, mas está fora de risco.
Para o mesmo hospital municipal foi encaminhado Heleno Severo Alves, de 84, que foi atingido por dois disparos nas regiões do tórax e abdômen e passará por cirurgia. O estado dele é grave.
Maria de Fátima Frazão Ferreira, de 68 anos, foi levada ao Hospital de Clínicas da Unicamp após ser baleada em uma das pernas e o quadro de saúde dela é estável, segundo a unidade.
O quarto ferido é um homem, de 64 anos, que foi atingido por dois tiros de raspão e foi socorrido ao Hospital Beneficência Portuguesa. A assessoria informou à EPTV que ele já recebeu alta.
O entorno da Catedral Metropolitana foi isolado e câmeras de monitoramento da CinCamp registraram a movimentação na área.