Prometo governar para todos, sem distinção de origem, raça, sexo, cor ou religião, disse Bolsonaro

Na cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizada na tarde desta segunda-feira, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse em discurso que, a partir de 1º de janeiro, será o presidente de todos os brasileiros, e não só de seus eleitores.

— A partir de 1º de janeiro, serei o presidente de 210 milhões de brasileiros, sem distinção de origem, raça, sexo, cor ou religião — disse Bolsonaro.

Bolsonaro e o vice-presidente eleito Hamilton Mourão receberam o diploma eleitoral, documento que atesta que o vencedor da eleição cumpriu todas as exigências necessárias para tomar posse, como, por exemplo, o julgamento das contas de campanha.

Apesar de ter criticado o sistema eleitoral ao longo da campanha, o presidente eleito elogiou, no discurso, o trabalho da Justiça Eleitoral. Ele disse que esse trabalho deve ser um exemplo da união necessária no Brasil neste momento. Bolsonaro também disse que o recado das urnas foi claro no sentido de mudança. Sem citar nomes, ele criticou antigas práticas de corrupção.

— Em um momento de profundas incertezas em várias partes do globo, somos o exemplo de que a transformação pelo voto popular é possível. O desejo de mudança foi expresso de forma clara nas eleições. Não mais corrupção, não mais violência, não mais mentiras, não mais manipulação ideológica, não mais submissão do nosso destino ao interesse alheio — disse o presidente eleito.

Bolsonaro também ressaltou que, na campanha, ficou claro que os governantes podem se comunicar com a população sem intermediários. Ao invés de dar entrevistas, o presidente eleito tem como prática fazer anúncios em redes sociais — como, por exemplo, o anúncio de integrantes escolhidos para sua equipe. Ele também afirmou que, em seu governo, a prioridade será a geração de emprego e o combate à violência.

Em seguida, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, fez um discurso duro em defesa da democracia. Primeiro, ela lembrou que nesta segunda-feira se comemora o Dia Mundial dos Direitos Humanos.

— Em um país de tantas desigualdades como o nosso, refletir sobre a Declaração de Direitos Humanos não é mero exercício teórico, mas uma necessidade que a todos se impõe: governantes e governados — declarou.